O design é um elemento estratégico, que deve estar presente no planejamento de ação das empresas, pois auxilia na busca de soluções inovadoras que trazem novos atrativos aos clientes, impulsionando o crescimento dos negócios e principalmente aproximando os clientes.
Veja abaixo, o texto de Rafael Palmeiras, publicado na coluna Economia Criativa do portal Brasil Econômico. Para saber como melhorar a sua empatia com o cliente e obter soluções criativas e funcionais para o seu negócio, clique aqui.
Produtos que conseguem maior valor agregado junto com boa apresentação vão moldar as estratégias corporativas.
Steve Jobs, fundador da Apple, disse uma vez que a maioria das pessoas comete o erro de pensar que design é a aparência.
"As pessoas pensam que é esse verniz - que aos designers é entregue esta caixa e dito: "Deixe bonito!" Isso não é o que achamos que seja design. Não é só o que aparece e sente. Design é como funciona."
O executivo responsável pela criação dos produtos mais desejados pelo mundo é imortalizado como um gênio visionário do mundo digital.
Como resultado a Apple registrou lucro líquido de US$ 6,62 bilhões no trimestre encerrado em setembro, fruto do valor agregado ao design dos produtos.
E diante de exemplos como Jobs, a indústria mundial de design tem buscado formas para impulsionar o crescimento dos negócios. Por meio deste modelo criativo de trabalho é possível fundir comércio com a arte, e tecnologia com a empatia do cliente.
Em evento realizado em São Paulo a UK Trade & Investment, departamento do governo que ajuda as empresas do Reino Unido a terem sucesso na economia global, divulgou o relatório "Design no DNA" feito com 633 executivos de oito países, incluindo o Brasil.
O estudo tem como objetivo mostrar como o design pode moldar estratégias corporativas e impulsionar o crescimento dos negócios na próxima década.
"O design está obtendo um novo grau de importância. Novos e vastos mercados estão se abrindo, cujas populações estão ávidas por produtos e serviços que reflitam melhor suas necessidades e circunstâncias específicas", explica o relatório.
Segundo Alasdir Ross editor sênior da Economist Intelligence Unit, empresa de consultoria responsável pelo estudo, design é uma necessidade dos consumidores."É uma forma diferente das empresas oferecerem um produto, é agradar as pessoas. Porém é algo difícil de conseguir já que o levantamento mostra que um a cada 10 gestores tem a visão de inovar com base no inusitado."
Dados mostram que diante do atual ambiente econômico os executivos se dividem entre priorizar o controle de custos (44%) e investir em inovação (56%).
"As melhores empresas lutarão para se tornar mais eficientes na forma como entregam novos produtos e serviços, mas também sabem que sua competitividade de longo prazo depende do respaldo de um design ousado", revela o estudo.
O problema abordado pelo levantamento é que a nova tecnologia produziu muitos produtos complexos e difíceis de entender. E que diferente de casos como a Apple que desenvolveu produtos intuitivos e fáceis de usar, surge uma nova legião de "inovadores frugais", que estão concentrados em entregar produtos para as classes de menor renda procurando ensinar às empresas o velho adágio de que menos é mais.
Então diante desse cenário, as companhias enfrentam desafios."O que muitas empresas também precisam levar em consideração é que seus produtos não são mais simplesmente produtos, eles precisam oferecer serviços junto com eles - os smartphones são um belo exemplo", conclui a pesquisa.
O levantamento conlui que , a integração imperceptível de soluções e serviços para maior conforto de seus clientes (28%) é vista como prioridade maior que simplesmente desenvolver produtos de ponta (19%) em termos de desempenho da funcionalidade.